Sempre pensamos o eu como algo único.
Não só por nossa individualidade e personalidade. Não só porque não existe (?) outro ser igual a nós.
Mas porque nos condenamos a ser uma coisa só.
Crescemos aprendendo a revelar um único eu, sem imaginar que todos os outros ficam ali, às vezes quietos, às vezes mais manifestos do que podemos perceber.
Achamos que ser bonito é brilhar como um diamante.
Nos preocupamos com as estéticas manifestações externas e, assim, deixamos de conhecer as internas.
Esquecemos que comportamos dois e outros gêneros. Que somos masculinos e femininos.
Que diminuímos por dentro para crescer por fora. E que os anos passam para que possamos esquecer que um dia fomos melhores.
Enxergar nossa beleza mais invisível é aceitar nossa identidade independentemente do que está a nosso redor.
Espero poder ver o dia em que a expressão do autoconhecimento não seja taxada, julgada e agredida. Somente discutida, pois argumentar faz parte da nossa natureza.
E houve um tempo em que cabíamos dentro de tudo que somos feitos.
Agora tentamos encaixar no que sobrou.
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